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Fiscaliza SindEnfermeiro constata situação caótica do Hospital Regional de Taguatinga

Publicada em 28 de novembro de 2016

Apenas 6 técnicos e 3 enfermeiros atendiam a 134 pacientes

Estivemos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e a situação encontrada é de absoluta falta de recursos e condições de trabalho para os servidores que atendem no hospital. Consequentemente, os pacientes sofrem com a falta de leitos, equipamentos e profissionais. No momento em que estivemos no hospital, havia 134 pacientes internados no pronto socorro (entre sala vermelha, amarela e verde). Apenas 6 técnicos e 3 enfermeiros atendiam a todos os pacientes.

Sem a estrutura mínima

Dos 15 leitos da sala amarela, 6 estão sem equipamentos de monitoramento (para o acompanhamento dos sinais vitais). Além disto o pronto-socorro, que precisa de 10 respiradores (para proporcionar respiração artificial), possui apenas 5 destes aparelhos (todos sem manutenção). A UTI possui 2 leitos em desuso por falta de pessoal e, na maternidade, dezenas de incubadoras estão acumuladas pelos corredores, por falta de manutenção.

Incubadoras HRT

Incubadoras sem manutenção, nos corredores do HRT

O Fiscaliza SindEnfermeiro também constatou a falta de reagentes para a realização de exames, no laboratório. Estes insumos são imprescindíveis para o diagnóstico e acompanhamento das doenças.

Lista de reagentes em faltam, no laboratório do hospital

Lista de reagentes em faltam, no laboratório do hospital

Caos na sala verde

Na sala verde do HRT, não há separação de ambiente entre os 57 homens e 47 mulheres que estavam no local. Nesse contexto, presenciamos pacientes nus, trocando de roupa, protegidos apenas por panos improvisados como cortinas. Estas pessoas também se aglomeravam, na sala verde, ao mesmo tempo, esperando atendimentos de clínica médica, ortopedia e cardiologia.

Exemplo em São Sebastião 

Durante o Fiscaliza SindEnfermeiro realizado em São Sebastião (dia 11 de novembro), a chefe de enfermagem da UPA, Vanderleia Lauro Veríssimo (conhecida como Léia), foi amplamente elogiada pela sua equipe.

Os profissionais explicam que, apesar da situação precária da unidade da região – onde, na área rural, apenas 3 equipes atuam diante de desfalques (situação explanada em reunião do Conselho de Saúde) -, Léia sempre se destaca por conta da conduta exemplar como enfermeira.

O SindEnfermeiro parabeniza Léia pelo prestígio conquistado, junto a sua equipe e seus pacientes, através do trabalho e da dedicação exemplar que a profissão exige.