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Após protestos, enfermeiro do HRT permanece no PS até apuração de assédio

Publicada em 22 de janeiro de 2018

A Justiça concedeu tutela de urgência para que o enfermeiro Diego Sampaio – possível vítima de assédio moral – continue a trabalhar na emergência e não seja removido, por ora, ao centro cirúrgico do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A medida – resultado de encaminhamento do SindEnfermeiro –  vigora até que a situação seja devidamente apurada.

Na decisão, o juíz Enilton Alves Fernandes, esclarece que o posicionamento de Diego – sobre ser removido – “deveria ter sido levado em consideração, já que, a princípio, a motivação (da remoção, pela chefia) teria como finalidade a preservação da saúde do servidor”.

No entanto, ao contrário do que é alegado pela chefia, Diego e demais funcionários afirmam que o servidor não possui nenhum problema de saúde que o impeça de exercer sua função.

Entenda

O enfermeiro Diego Sampaio teve a remoção encaminhada pela chefia do HRT, após expor as condições em que os pacientes são atendidos – por falta de estrutura, material e RH – e pedir providências à Gerência de Enfermagem e à Superintendência da região sudoeste. De acordo com profissionais, a remoção teria sido arbitrária.

Em ofício, a gerente de enfermagem, Lucivane Julia de Queiroz alegou que a unidade de pronto socorro seria “altamente insalubre ao servidor” e que o objetivo da remoção seria “evitar futuros prejuízos a saúde” do enfermeiro.

Porém, como esclarece a tutela concedida pela Justiça, o próprio Diego e colegas de trabalho, o enfermeiro não possui limitações que impliquem em seu trabalho.

Situação gera protesto

Na última sexta (19), o SindEnfermeiro acompanhou protesto da equipe de enfermagem do HRT contra o assédio moral o abandono do serviço público de saúde.

Enfermeiros se reuniram em frente ao pronto-socorro do hospital, com faixas, e uniram as vozes contra possíveis represálias praticadas pelas chefias e também por melhores condições de trabalho.

Segundo colegas de trabalho de Diego Sampaio, o enfermeiro foi removido, justamente, pela dedicação integral que tem aos pacientes. O que o levou a expor – para a chefia – as condições desumanas a que cidadãos se sujeitam, no HRT.

O hospital sofre com superlotação, além de falta de leitos e profissionais para atendimento. Pela unidade, pacientes espalham-se pelo chão e lá ficam por até 4 dias, a espera de atendimento.